Nossa história

Pessoas do oca

O Observatório da Caatinga e Desertificação surge a partir de um esforço colaborativo para promover a pesquisa, o monitoramento e para subsidiar a construção eficiente de políticas públicas. Nos últimos quinze anos os pesquisadores do observatório estiveram empenhados em promover a integração das pesquisas, na busca por uma avaliação eficiente dos serviços ambientais prestados pelo ecossistema Caatinga. Entre as principais ações e metas do Observatório da Caatinga e Desertificação estão:

  • Gerar informações consistentes, sistematizadas e disponibilizadas a diferentes públicos-alvo;

  • Formar uma rede de pesquisa de referência Nacional e Internacional sobre a modelagem ambiental, climática e socioeconômica;

  • Consolidar e ampliar a base técnico-científica de pesquisa sobre processos de desertificação, mudanças climáticas, modelagem socioeconômica e ambiental;

  • Subsidiar a criação de políticas públicas e modelos de utilização que promovam a conservação e a sustentabilidade dos recursos naturais.

O Observatório da Caatinga e Desertificação é constituído por uma diversa rede de pesquisadores (Consultar rede de pesquisadores). Os princípios aplicados à rede de pesquisadores do Observatório da Caatinga e Desertificação são cooperação e interação institucional, os quais são fortalecidos pelo compartilhamento de infraestrutura e conhecimento (Conheça a infraestrutura do Observatório). Os pesquisadores deste observatório acreditam na importância de promover um constante diálogo entre diferentes saberes, fomentando o intercâmbio de conhecimento e a prática reflexiva por meio da pesquisa-ação. Além disso, valorizamos profundamente a riqueza da cultura regional e a diversidade humana, reconhecendo que esses elementos são essenciais para construir uma sociedade mais inclusiva e justa.

O processo de desertificação é a principal preocupação ambiental na Caatinga, resultando na perda da cobertura florestal, baixa produção primária, degradação do solo e perda de biodiversidade. Como consequência, ocorre a redução da capacidade do ecossistema de fornecer serviços importantes para a manutenção do clima, desde a escala local até a global. A missão do Observatório do Caatinga e Desertificação de monitorar a desertificação no bioma Caatinga tomou proporção nacional devido a participação dos pesquisadores do observatório no núcleo de coordenação para construção do 2º Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação aos Efeitos da Seca (2º PAB BRASIL). No 2º PAB BRASIL o observatório esteve responsável por toda construção da base de dados sobre o estado da degradação, frequência de ocorrência de secas, demografia e socioeconômicos. Os mapas e análises foram realizadas para os estados com Áreas Suscetíveis à Desertificação (AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN, SE, MG) e também as quatro regiões do Brasil (Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste) e Nacional.

Nos próximos anos o Observatório da Caatinga e Desertificação espera continuar o desenvolvimento de modelos e ferramentas computacionais robustos, capazes de subsidiar políticas públicas e iniciativas de pagamento por serviços ecossistêmicos na Caatinga, contribuindo assim para a conservação desse importante bioma e o bem-estar das comunidades locais. Neste sentido, é essencial continuar a realização de pesquisas nas seguintes áreas:

  1. Modelagem Ambiental e Climática: Desenvolvimento de modelos computacionais para prever padrões climáticos, mudanças na cobertura do solo e fluxos de energia e água na Caatinga. Isso inclui a análise da interação entre fatores climáticos e biológicos para compreender melhor as dinâmicas do ecossistema.

  2. Mapeamento da Desertificação: Pesquisas focadas na identificação e monitoramento das áreas suscetíveis à desertificação na Caatinga, utilizando técnicas de sensoriamento remoto, geoprocessamento e análise de séries temporais de dados ambientais.

  3. Avaliação dos Serviços Ecossistêmicos: Estudos para quantificar e valorar os serviços ecossistêmicos fornecidos pela Caatinga, como regulação do clima, sequestro de carbono, armazenamento de água, produção de alimentos e biodiversidade. Isso pode incluir métodos econômicos e ambientais para estimar os benefícios desses serviços.

  4. Desenvolvimento de Plataformas Computacionais: Construção de plataformas computacionais acessíveis e interativas que integrem dados de diferentes fontes e forneçam ferramentas de análise e visualização para gestores públicos e sociedade civil. Essas plataformas podem facilitar a tomada de decisões baseadas em evidências e promover o desenvolvimento econômico sustentável na região.